domingo, 6 de fevereiro de 2011

Após ocupação, começa varredura em favelas do centro do Rio

Terminou a primeira etapa de ocupação de favelas de três bairros da região central do Rio, para instalação da 15ª UPP (Unidade de Polícia Pacificadora). Depois desta operação, que começou às 6h e terminou pouco antes das 8h, a polícia inicia agora a fase de varredura para encontrar armas, drogas e prender traficantes.

Por volta das 10h, policiais civis estavam nos acessos dos morros, abordando motociclistas, carros e kombis. Nada tinha sido encontrado até o horário. Nove favelas dos bairros do Catumbi, Estácio e Santa Teresa foram ocupados.

Não houve troca de tiros durante a ocupação, na qual foram utilizados 17 blindados. Cerca de 700 homens das polícias militar, civil, rodoviária e da Marinha trabalham em conjunto.

Um helicóptero blindado de fabricação americana foi utilizado pela primeira vez neste tipo de ação. Apelidado de caveirão aéreo, o helicóptero deu apoio aos policiais.


Menos de duas horas depois do início da entrada de policiais em favelas do Centro do Rio, a Polícia Militar anunciou que os nove morros da região já foram completamente ocupados. O comércio na área funcionac normalmente e nenhum tiro foi disparado no início da manhã deste domingo (6).

A megaoperação começou por volta das 4h para ocupar nove favelas do Estácio, Catumbi e Santa Teresa, no Centro do Rio. A primeira parte da ação contou com agentes da polícia civil cercando 48 pontos dessas comunidades e, às 6h, homens, em sua maioria da Polícia Militar, começaram a entrar nos morros São Carlos, Zinco, Querosene, Mineira, Coroa, Fallet, Fogueteiro, Escondidinho e Prazeres.

Os blindados da Marinha chegaram ao Batalhão de Choque da Polícia Militar, no Centro da Cidade, na noite de sábado (5) e, segundo a Secretaria de Segurança Pública, às 4h, os 846 homens que participam da operação já estavam de prontidão. Ao todo, são 380 agentes da Polícia Militar; 189, da Polícia Civil; 103, da Polícia Federal; e 24, da Polícia Rodoviária Federal. A Marinha dará reforço com 150 fuzileiros navais e 21 blindados.

A expectativa da secretaria é que as três novas Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) beneficiem ainda os 17 bairros do entorno, com uma população de cerca de 520 mil pessoas. A previsão é que mais de 630 policiais integrem as unidades implantadas na região.

Blindados

Os blindados da Marinha nesta operação, são os mesmo que entraram em ação em novembro nas ocupações da Vila Cruzeiro e do conjunto de favelas do Alemão. Eles têm capacidade para 25 pessoas, além de um de apoio mecânico, e devem ser usados para transportar policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope).

Um dia antes da megaoperação, a Polícia Civil já traçava estratégias para a ação deste domingo. Uma das missões será monitorar eventual fuga de criminosos. Um esquema montado com todas as delegacias especializadas vai acompanhar o possível deslocamento de suspeitos desses pontos para locais em que haja favelas controladas pelas mesmas quadrilhas, como a Rocinha, e algumas comunidades de Niterói, na Região Metropolitana.

A Polícia Civil garante que, caso seja necessário, os policiais estarão prontos para entrar em comunidades invadidas ou em possíveis rotas de fuga desses criminosos. O reforço conta com 230 agentes, quatro blindados e helicópteros.

Ações e conflitos na região

Na quinta-feira (3), policiais apreenderam um caminhão com eletrodomésticos que seria de traficantes do conjunto de favelas do São Carlos, em fuga da comunidade. Na quarta (2), um tiroteio assustou moradores e comerciantes da região. De acordo com a polícia, os tiros começaram durante uma ação do Batalhão de Choque nos morros do Fallet e Fogueteiro.

Na semana passada, uma operação reuniu cerca de 120 policiais de diversas delegacias especializadas no local, para combater o tráfico de drogas e fazer um levantamento de dados para outras operações e investigações em curso. No dia da operação, a sede da prefeitura do Rio foi atingida por disparos.

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